Corpos, imagens e sentidos de conflitos do Brasil de 2013 e 2014 compõem a pesquisa de Pedro Bughay Aceti defendida no dia 10 de agosto de 2020.
Com o intuito de compreender a natureza e as relações dessas imagens na tecnocultura audiovisual, Bughay se debruçou sobre o filme “Operações da garantia da lei e da Ordem†(2017) dirigido por Julia Murat.
Para fundamentar teoricamente a dissertação, o pesquisador convocou os principais conceitos e teorias da imagem e da montagem organizando-os nos seguintes eixos: Conflito e Montagem por Sergei Eiseinstein (2002) e Jacques Aumont (1995); Corpo e Câmera por Ivana Bentes (2013) e Leandro (2010); Remix e Banco de Dados por Lev Manovich (2012), André Lemos (2006), Lucia Santaella (2011) e Michael Kerr (2012); e Tecnocultura e o cotidiano por Gustavo Fischer (2010), Michel de Certau (1990), Arlindo Machado (2007) e Weller (2014).
O arranjo metodológico
Para coletar, sistematizar e analisar as materialidades da pesquisa, Bughay propôs um arranjo metodológico baseado nos princípios gerais da Cartografia (Canevacci, 1997) e no método da Dissecação vinculado às Molduras (Kilpp, 2015).
O resultado dessas incursões metodológicas se desdobraram em três mapas imagéticos e conceituais: 1) Conflito Ordem/Desordem; II) Conflito interno à lei e a ordem e III) As imagens bancos de dados e a natureza aberta do conflito.
Desses mapas, a pesquisa identifica uma multiplicidade de imagens de conflitos que podem ser tanto iconográficas e sonoras quanto discursivas. E uma complexidade imagética do conflito que transcende a própria superfície, estéticas e os modos de produção dessas imagens.
Integrada ao grupo de pesquisa TCAV, a dissertação “Operações da garantia da lei e da Ordem: Imagens de conflito, imagens em conflito” foi orientada pela professora Dra. Sonia Montaño. E a banca de defesa contou com a participação das professoras Dra. Ana Paula Rosa (Unisinos) e Dra. Cybeli Moraes (Unisinos).
Texto: Julieth Paula
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