O artigo apresenta uma cartografia inicial dos modos em que o usuário é construído no YouTube e formula problemas de conhecimento para os estudos contemporâneos da imagem e do audiovisual na web. Ao longo dos dez anos de existência, a plataforma foi construindo o usuário associado a sentidos diversos, valorizando sua condição de amador ou, mais recentemente sua condição de criador, desenvolvedor e empreendedor. Essas relações são problematizadas em diálogo com autores como Benjamin e Certeau, que discutem o lugar da técnica na cultura e nas relações entre produção e consumo e os modos de produção por apropriações e usos no cotidiano. As contradições entre um usuário programado pela interface e um usuário que a reprograma demonstra um estágio transitório e complexo da técnica e, por isso, fértil para os estudos do audiovisual e da comunicação.
Artigo disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/view/25256
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