O artigo interpreta visões em construção sobre a ideia de criatividade, abordando-as como uma forma de reavaliar a noção de cultura, tema caro à modernidade. Definida como um universo intelectual e moral distinto da experiência cotidiana, cultura congregou uma dicotomia entre arte e comércio, vida material e não material. Analisa-se, aqui, em que termos se tenta atribuir à noção de criatividade a expectativa de reintegrar tais distinções. Através da análise documental de fontes produzidas pelas organizações envolvidas, descreve-se as demandas associadas ao tema: uma forma de obter benefícios materiais e ganhos intelectuais, supondo o aprimoramento da condição humana como uma tarefa a envolver ambos. Foca-se em duas propostas sobre criatividade: a visão mercantil introduzida pela Inglaterra e a proposta cara à ONU, que associa desenvolvimento sustentável e diversidade cultural.
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