Live “A MobGrafia e o simultâneo”, pelo projeto Viva a Arte do Sesc – Santa Catarina

Na sexta feira (10.07) realizou-se a live “A MobGrafia e o simultâneo” pelo instagram do Sesc, de Santa Catarina. A live faz parte do projeto “Viva a arte”, desenvolvido pelo Sesc através de quatro eixos: “Criação”, “Dicas”, “Memorial” e “Fruição”. É neste último que as lives desenvolvidas por instrutores das unidades do estado realizam um diálogo com os espectadores. O intuito é o de ampliar o repertório dos seguidores do perfil, para que esse período afastado de atividades presenciais também seja de aprendizado.

A Tcaviana Analu Favretto é Instrutora de Fotografia da Unidade Sesc de Chapecó e foi convidada para realizar uma fala de 40 minutos sobre algum assunto escolhido pela mesma. Assim, o tema MobgGrafia surgiu: primeiro pelo envolvimento do Sesc na realização de uma Maratona Fotográfica com uma galeria online no Instagram e, segundo, pela pesquisa desenvolvida pela mesma no mestrado, onde explora os dispositivos portáteis – porém, no sentido de criação de filmes de garagem.

“Estruturei minha fala em dois eixos principais: o conceitual e o prático. No primeiro, minha fala centrou-se em explicar o “mob” e de reiterar a falta de bibliografia sobre a prática. Após os segundos iniciais de localizar o espectador sobre a mobilidade de dispositivos como celular e tablets, foquei na ideia de que a MobGrafia não era uma prática que tem sua origem no celular, ao contrário, quando pensamos nela, automaticamente a associamos com a fotografia tradicional – em câmeras analógicas ou digitais -, a pintura e outras mídias, uma vez que elas compartilham qualidades audiovisuais em comum: a perspectiva, o plano, o enquadramento, entre outros. Inclusive falei sobre uma “antropofagia dos meios”, onde todo meio “devora” outros para se dar a ver. Para finalizar essa parte mais conceitual, falei sobre a cultura ser a totalidade dos objetos de uso e que os celulares – assim como qualquer tecnologia – agiam sobre nossos hábitos sociais, artísticos, político. Enfim, toda a relação entre técnicas e sociedade. Ainda, como última pista para refletir sobre tecnologias, questionei-os sobre o hábito de assistirmos shows, peças e outros eventos através da mediação entre nossa captação (tela do celular) e o objeto.

Já na segunda parte, onde minha fala também é na direção de dicas, estruturei o processo da MobGrafia em: “captação”, “edição” e “compartilhamento”. Neste momento mais visual, utilizei meu corpo para simular enquadramentos, contraluz, inserção de Regra dos Terços, entre outros. Por fim, dei algumas dicas sobre aplicativos de edição de imagem, formatos verticais e horizontais, além da resolução e a montagem através do feed.”

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